Preste atenção, pois aqueles desejos incontroláveis que temos , por exemplo, colocar algo na boca, nos leva a certos vícios que, inicialmente, parecem sem importância como, cigarro, comida, bebida, roer unhas, chupeta, entre outros.
A eles criamos uma dependência física; e, dependendo da forma como nos relacionamos com pessoas e situações, também criamos dependência emocional, ou seja, passamos a buscar aconchego, conforto e algum tipo de proteção, pois não queremos sofrer.
Existe uma inquietação dentro de todos nós, inclusive você já deve ter notado. Tal inquietação sinaliza um sentimento de desamparo, intrínseco à condição humana, que faz parte de nossa vida e sempre irá existir. Cada um de nós, sem mesmo notar, busca recursos para amenizar este sentimento e sofrimento; no caso, a boca é um deles.
Isso porque ela nos remete a quando éramos bebês e tínhamos experiência prazerosa e supridora. Sigmund Freud (1856-1939) escreve que a boca seria a via de comunicação do sujeito com o mundo externo: “Dos zero aos 2 anos a boca é a zona de erotização, onde o prazer está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal.”
Além da dependência física que dá seus sinais, mesmo que psicologicamente tudo esteja bem, a busca pelo cigarro e outros vícios dão uma sensação de amparo que, por sua vez, acaba se tornando um refúgio em uma situação que nos deixa inseguros ou desprotegidos.
Importante é olhar para este vício e dependência, seja do cigarro ou até mesmo da relação estabelecida com o outro sem medo de enfrentarmos nós mesmos.
A atividade física, um hobby, a pratica da meditação, a busca da espiritualidade são caminhos construtivos que, munidos de boa vontade, trarão a cura. Além disso, a psicoterapia trabalhará questões existenciais profundas e mostrará que o cigarro ou qualquer outro vício, ao invés de curar, destrói por dentro e por fora.